O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Carlos Viana (Podemos-MG), deu voz de prisão na madrugada desta terça-feira (23/9) ao economista e empresário Rubens Oliveira Costa, destacado como sócio e “carregador de malas” de Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.
Farra do INSS O escândalo do INSS foi revelado através do Metrópoles em várias reportagens publicadas com início de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal exibiu que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito através da Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas através da PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril deste ano e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Leia também Brasil CPMI decide prender “carregador de mala” do Careca do INSS Brasil Entenda motivo da prisão do “carregador de mala” do Careca do INSS Brasil “Carregador de mala” do Careca do INSS passa mal depois de pedido de prisão O empresário e economista, de 57 anos, é descrito através da Polícia Federal (PF) como um “facilitador” e “intermediário”, responsável por saques em espécie e através do envio de propinas a servidores do INSS. Ele também teria desempenhado papel relevante na lavagem de dinheiro, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos desviados.
Relatórios da PF indicam que Rubens Oliveira Costa realizou saques de R$ 949 mil em espécie e reservou outros R$ 2,3 milhões para pagamento de propinas. As investigações apontam que suas movimentações financeiras superavam em dez vezes sua renda declarada.
Empresas ligadas a ele receberam em torno de R$ 5 milhões do plano, e sua estrutura empresarial teria sido usada para canalizar subornos a agentes públicos, incluindo ex-diretores do INSS.
Logo no começo da audiência desta terça-feira, Costa negou qualquer vínculo com o Careca do INSS.
“Jamais fui sócio de qualquer empresa ao lado do senhor Antônio Camilo. Atuei em apenas quatro de suas empresas como administrador financeiro, e nada além disso”, declarou
Motivo da prisão Costa foi detido na Polícia do Senado Federal. O depoente respondeu a perguntas de em torno de 30 parlamentares, mas, amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), optou por não responder à maior parte delas.
Viana justificou que deu voz de prisão a Costa por ele ter mentido durante a audiência e ocultado documentos.
Com informações Metropoles


